Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
E beba como se fosse o último dia de sua vida

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

A voz do Banshee

Enquanto escrevia em uma linguagem estranha, cheia de caracteres diferentes, colchetes e parênteses, outro lampejo de memória invadiu a mente, então entediada, do Equilibrista. Viu-se, também entediado, em seu reduto, num dia em que muitos foram agraciados com uma folga. Resolveu assistir a reproduções audio-visuais orientais através do T-L e, após alguns minutos, foi interrompido por uma comunicação vocal do Andarilho. Acabara de ser intimado a comparecer, em um ciclo e meio do relógio, no Centro de Compras Luminescente para, de lá, irem a uma taverna. Como não tinha feito planos para o almoço, confirmou sua presença e parou a exibição audio-visual.

Colocou seu traje de viagem e preparou Aço Negro para sair também. Desde sua chegada, Aço Negro tinha sido um companheiro quase inseparável do Equilibrista. Era através dele que o Equilibrista se comunicava com seus amigos e parentes, visualizava e ouvia itens animados orientais quando estava longe do T-L e checava suas correspondências, entre outras capacidades de informação e entretenimento.

Dentro do prazo estipulado, o Equilibrista chegou ao ponto de encontro. Lá já estavam Andarilho e Otome (o Andarilho tinha enviado uma mensagem curta apressando o Equilibrista). Informaram o recém-chegado que estavam esperando mais três pessoas e que, depois do repasto, iriam ao reduto do Equilibrista. Apesar de surpreendido, o futuro anfitrião não fez nenhuma objeção. Aproveitou para apresentar Aço Negro para o casal e, depois de um tempo, um outro casal chegou: Morgana Red e Fumaça. Faltava, então, apenas uma pessoa.

Como o sexto elemento estava demorando muito e Fumaça não dispunha de muito tempo para ficar com o grupo, resolveram se deslocar para a taverna.

O estabelecimento não era dos maiores, nem um paraíso gastronômico, mas as taxas cobradas faziam jus ao seu porte. Os cinco se serviram e, enquanto comiam, Bowie comunicou-se com o Andarilho, que saiu para indicar o caminho ao último do sexteto.

O grupo estava completo. Comeram, beberam e conversaram. Morgana Red contou sua teoria do panetone (que não será exposta nessas crônicas... por enquanto) e foram comentadas lutas em uma arena com um ungüento azulado. Então, o limite de tempo de Fumaça chegou e este deixou a mesa. Para acertar sua parte da conta, deixou seu cartão imantado para transações templárias com Morgana Red, mas teve alguma dificuldade em fazê-la lembrar do código de destravamento, pois o Equilibrista estava a uma distância audível para que a sigilosa informação fosse passada com segurança.

O grupo estava incompleto. Comeram, beberam e conversaram mais um pouco, até que resolveram colocar o pé na estrada. No caminho, encontraram um corredor de simuladores interativos e, não resistindo à emoção de um jogo, o quinteto gastou algumas moedas e teve muita diversão em troca.

Depois de algum tempo, lembraram-se que o Equilibrista seria o anfitrião naquele dia e iniciou-se a jornada ao seu reduto. Quando estavam prestes a chegar na estrada principal que os levaria ao seu destino, um forasteiro embriagado abordou os aventureiros. Mesmo depois de ouvir com todas as palavras que não era bem-vindo, o invasor não parava de seguir o grupo. Parecia querer algo com o Andarilho. Houve um certo silêncio e continuaram seu trajeto, mas ao olharem para trás, lá estava o impertinente indivíduo. Percebendo que não havia outra alternativa (na verdade, havia, mas tortura e morte não estavam programadas para o dia), o Equilibrista fez soar sua voz num volume que nenhum dos presentes jamais havia ouvido. Seu comando aturdiu a todos e teve o efeito desejado: acuou o forasteiro, que trocou mais algumas palavras com o Andarilho e, finalmente deixou de aborrecer o grupo.

Antes de chegarem ao reduto do Equilibrista, fizeram uma parada para adquirir mantimentos. Houve um pequeno episódio levemente constrangedor na saída do mercado, o que fez com que o Equilibrista e Morgana Red tomassem a dianteira, se afastando um pouco dos outros três membros.

Já no reduto, o grupo experimentou alguns coquetéis:
NCcS e Ice Vader. Otome não gostou de NCcS e, visivelmente, queria um Daikiri mas, naquela ocasião, o Equilibrista não dispunha de dois ingredientes fundamentais para seu veneno principal, o que impossibilitou sua confecção. Morgana Red contou várias histórias e Otome leu um texto muitíssimo interessante (pelo menos para o Equilibrista, Bowie e Morgana Red, pois o Andarilho dormiu). Uma rápida conferência foi iniciada com Devil, que, no início, foi logrado por Otome, que se fez passar pelo Equilibrista através do Simulacro de Hermes Instantâneo. Devil reclamou por não ter sido incluído no grupo, mas, como tudo foi resolvido repentinamente, foram convocados apenas os que habitavam nas proximidades do ponto de encontro.

O Andarilho quis iniciar uma sessão de narrativas digitalizadas mas, devido ao horário avançado, não seria possível para Bowie retornar à sua morada antes do fim da exibição, a não ser que dormisse no reduto do Equilibrista. Mas como este não podia passar a noite em vigília, a sessão foi cancelada e o grupo se despediu, encerrando um dia em que o tédio não dominou.

O Equilibrista suspirou e escreveu um "V" com o vértice voltado para a direita.

1 Conversa(s) na taverna:

Blogger Unknown declamou:

Aço Negro hahahaha
é foda identificar a todos viu

20/1/06 08:49  

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