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Cante como se ninguém estivesse ouvindo
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quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Mantendo o equilíbrio e a serenidade

O Equilibrista despertou com bastante entusiasmo para concluir seu trabalho, o que era surpreendente, tendo em vista a indolência freqüente dos últimos meses. Com atenção e afinco, imaginação e paciência, transformou a pequena torre de Babel eletrônica em um papiro carcomido razoavelmente inteligível. No entanto, o item ficou enorme. Utilizando um recurso do próprio manipulador de itens, conseguiu reduzir o tamanho do papiro em quase 20 vezes. Era quase hora da segunda grande refeição diária (se bem que, nesse dia, não houve a primeira) quando o Equilibrista remeteu o item à sua guilda.

Passou a tarde no mais completo ócio, e confirmou a visita que Pringl faria mais à noite. O sol já havia se escondido quando o Equilibrista lembrou-se de pagar os tributos por sua moradia. Como não gostava de realizar tarefas mundanas como ir a um estabelecimento Templário, o Equilibrista utilizava-se de seu próprio terminal para efetuar tais pagamentos. Mas qual não foi a sua surpresa ao se deparar com uma barreira tecnológica criptográfica que exigia um código que não tinha em seu poder. Para aprimorar a segurança e evitar fraudes em seus sistemas, a ordem Templária com a qual o Equibrista tem cadastro implantou uma verificação de identidade através de uma placa polimérica provida de caracteres numéricos em seu verso. Essa placa jamais chegou às mãos do Equilibrista, este se viu obrigado a deixar seu reduto para ir a um terminal Templário autômato.

Primeira tentativa. O terminal ficava a alguns metros de seu reduto, cerca de 8 minutos de caminhada. Chegando lá, o local estava em reformas, o que impossibilitava o uso das instalações.
Nível de serenidade: alto (mas meio afetado pela inconveniência de ter que sair de seu lar).

Segunda tentativa. Perto da Catedral Central, havia outro terminal. Ao chegar lá, o Equilibrista descobriu que seu horário de funcionamento era extremamente restrito e que, obviamente, o horário já havia passado. Nível de serenidade: normal.

Voltou ao primeiro terminal, pois nele estavam indicados outros pontos estratégicos onde um terminal funcional poderia ser encontrado.


Terceira tentativa. Constava que havia um terminal em uma galeria de compras, que já estava fechada.
Mas que espécie de galeria era aquela que fechava suas portas quando a iluminação natural cessava?! Nível de serenidade: baixo.

Quarta tentativa. No médio-mercado próximo da residência do Equilibrista era possível pagar os tributos. Mas quando o aventureiro indagou qual a forma de repasse de moeda deveria ser usada, ficou frustrado, pois deveria ser feito com moeda viva. Oras, se um dos terminais Templários autômatos estivesse funcionando, não seria preciso pagar tributos em um médio-mercado!
Nível de serenidade: baixíssimo! Modo tolerância zero ativado e engatilhado. Nesse momento, qualquer tentativa de comunicação com o Equilibrista que, de alguma forma, não o agradasse, poderia ter conseqüências catastróficas, explosivas e homicidas.

Quinta tentativa. Uma aura vermelha e negra exalava do Equilibrista, que marchava na direção de sua última esperança em efetuar o pagamento em dia. Tratava-se de um terminal localizado em uma grande avenida com nome de doce de festa. Era o mais distante dos terminais próximos. Estava chegando ao seu destino, quando descobriu (lembrou-se) da pior maneira possível que o terminal localizava-se nas redondezas de um centro de treinamento de futuros proletários de nível três. Avistou esses seres, que se amontoavam, formando barreiras e obstáculos, mas miraculosamente, o Equilibrista não teve que se esforçar para passar entre eles (graças à aura agressiva que emanava, talvez). Chegou ao terminal e conseguiu cumprir com sua palavra e seu prazo. Respirou aliviado e sua serenidade voltou ao nível padrão.

Duas missões foram cumpridas, mas o dia ainda estava longe de terminar.

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