Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
E beba como se fosse o último dia de sua vida

domingo, 29 de janeiro de 2006

Ano do cachorro

O Equilibrista andava um pouco receoso e perguntava-se se não seria prudente iniciar a construção de uma grande arca, visto que as águas pluviais não cessavam de se precipitar e, segundo os videntes climáticos, os dias que se seguiriam não teriam nenhuma melhora no tempo.

Tanto choveu na manhã daquele dia que o Equilibrista nem se dispôs a sair de seu reduto. Na noite anterior, havia combinado com Devil de assistir à comemoração do Ano Novo Lunar. O aventureiro até que estava entusiasmado com a idéia de provar um cardápio típico do povo do dragão e ver algumas apresentações de técnicas de combate, mas toda aquela água despencando do céu acabou por afogar sua motivação. Tentou contatar Devil, mas o ser notívago deveria estar dormindo, pois Aço Negro não conseguiu conectar-se com o dispositivo móvel de interface auditiva de Devil. Mas, para a surpresa do Equilibrista, seu amigo entrou em contato segundos mais tarde, informando que também havia desistido de sair do aconchego de seu lar.

Não conseguiu sair nem mesmo para comprar mais mantimentos. Sorte que seus estoques ainda agüentariam mais alguns dias, ou seria obrigado a conjurar um peão motorizado para trazer-lhe um disco de massa (dando crédito a quem merece: esse termo foi criado pela Rainha Mestiça) debaixo daquela tempestade. Na verdade, algum pobre peão motorizado foi o afortunado.

Aproveitando mais um dia em seu reduto, o Equilibrista acessou seu acervo de itens audio-visuais orientais e selecionou uma história que ainda não havia tido tempo de assistir. E assim passou seu dia, vendo todos os capítulos da história enquanto comia alguns aperitivos estocados.

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