Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
E beba como se fosse o último dia de sua vida

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Conduzindo o Equilibrista (Epílogo)

Não se sabia ao certo se foi a perícia aliada à memória de Ebifóbica ou se foi o sutil toque favorável do acaso que guiou o grupo até o baile, mas a volta, com certeza, não foi tão certeira.

No princípio tudo correu bem (o trajeto estava sendo feito ao inverso, com maestria, pela navegadora, enquanto o Equilibrista não fazia idéia de onde se encontravam - já foi mencionado seu senso de direção semelhante ao de um quiróptero surdo e ofuscado). Muitas retas e curvas mais tarde, chegaram a um ponto da cidade que era familiar ao bardo. Mas mesmo assim não pediram a ele uma sugestão de rota (o que foi bastante sensato). Estavam numa via larga, viam vários pontos de referência e placas impregnadas de pigmentos reflexivos indicando o caminho para diversas áreas da cidadela. O Equilibrista até foi capaz de comentar que estavam perto de sua morada e seguiu olhando as placas. Tudo parecia normal até que as áreas sinalizadas nas placas afastavam-se do destino intermediário do casal. Ao passarem por uma cavidade escavada sob vias pavimentadas, Ebifóbica e o Anestesista se olharam e aquela informou (ou confirmou) que encontravam-se nas proximidades de sua residência. Simplesmente haviam percorrido aquela via larga (e longa) no sentido oposto.

Inverteram o sentido, mas não pegaram a mesma via, afinal, já tinham apreciado aquela paisagem naquela madrugada.

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