Como incomodar o Equilibrista
O fim da translação era iminente e, para celebrar a transição do ano do cão para o do javali (licença bárdica: o ano novo baseado no calendário lunar não coincide com o gregoriano, mas esse detalhe não será considerado nessas crônicas) com seu clã paterno, o Equilibrista partiu rumo à sua cidadela natal, a Depressão Escaldante.
O aventureiro entrou na caverna de transportes subterrâneos de alta velocidade em direção ao centro de convergência de arcas terrestres, onde embarcaria na primeira que o levasse ao seu destino. Seu maior temor era encontrar o local abarrotado de transeuntes carregando imensos receptáculos de vestimentas e acessórios e exalando seus feromônios fermentados. Para sua surpresa, a ocupação do centro de convergência estava relativamente normal (situação bastante diferente da noticiada incessantemente pelos folhetins de exibição a distância), permitindo que o Equilibrista optasse por declinar do embarque no primeiro transporte disponível, que faria uma parada estratégica, o que o incomodava, pois isso acarretava uma dilatação temporal da viagem tão grande que era comum o transporte seguinte atingir seu destino com mais presteza.
Acreditando nessa estatística, o Equilibrista adquiriu uma permissão de embarque numerada para a próxima arca terrestre, que faria o trajeto sem interrupção.
O transporte atracou na doca de embarque um par de dozeavos do ciclo do relógio antes do horário previsto para sua partida. O bardo entregou sua permissão e subiu no transporte e acomodou-se na poltrona especificada no diminuto documento. Foi um dos primeiros a se instalar, então passou a assistir ao embarque dos seus companheiros de viagem. Para seu completo desespero, observava a entrada incessante de infantes.
A concentração dessas incansáveis e incontroláveis criaturas era maior do que em qualquer outra viagem que fizera. O Equilibrista encontrava-se completamente cercado por elas que, embora diminutas (e ruidosas), pareciam ser grandes demais para restringirem-se aos seus respectivos assentos.
Vendo o caos que se instalara dentro da arca terrestre, Hypnos apiedou-se do desamparado bardo e levou-o para seu reino, trazendo-o de volta apenas no fim da viagem.
O aventureiro entrou na caverna de transportes subterrâneos de alta velocidade em direção ao centro de convergência de arcas terrestres, onde embarcaria na primeira que o levasse ao seu destino. Seu maior temor era encontrar o local abarrotado de transeuntes carregando imensos receptáculos de vestimentas e acessórios e exalando seus feromônios fermentados. Para sua surpresa, a ocupação do centro de convergência estava relativamente normal (situação bastante diferente da noticiada incessantemente pelos folhetins de exibição a distância), permitindo que o Equilibrista optasse por declinar do embarque no primeiro transporte disponível, que faria uma parada estratégica, o que o incomodava, pois isso acarretava uma dilatação temporal da viagem tão grande que era comum o transporte seguinte atingir seu destino com mais presteza.
Acreditando nessa estatística, o Equilibrista adquiriu uma permissão de embarque numerada para a próxima arca terrestre, que faria o trajeto sem interrupção.
O transporte atracou na doca de embarque um par de dozeavos do ciclo do relógio antes do horário previsto para sua partida. O bardo entregou sua permissão e subiu no transporte e acomodou-se na poltrona especificada no diminuto documento. Foi um dos primeiros a se instalar, então passou a assistir ao embarque dos seus companheiros de viagem. Para seu completo desespero, observava a entrada incessante de infantes.
A concentração dessas incansáveis e incontroláveis criaturas era maior do que em qualquer outra viagem que fizera. O Equilibrista encontrava-se completamente cercado por elas que, embora diminutas (e ruidosas), pareciam ser grandes demais para restringirem-se aos seus respectivos assentos.
Vendo o caos que se instalara dentro da arca terrestre, Hypnos apiedou-se do desamparado bardo e levou-o para seu reino, trazendo-o de volta apenas no fim da viagem.
Marcadores: Aventura solo
5 Conversa(s) na taverna:
Mas... caro equilibrista!! Você conseguiu dormir em meio aos infantes gritadores????
Eu, para alcançar tal feito, preciso tá muuuito bêbada!
e escuta, fala lá a frase, meu! ;)
Deve ser algum mecanismo subconsciente de bloqueio, ou simplesmente a sensação de estar sendo embalado pelo movimento oscilante do veículo que me faz dormir, mas raramente consigo ficar acordado quando viajo sozinho.
Postei a frase. Espero que não tenha se decepcionado...
Então, já está de volta?
Este é o ano do porco, segundo o calendário chinês....
adorei a frase, como tudo aliás!!!!:)!!
Moça, ambos estamos certos. Há vertentes que defendem o suíno domesticado, outras, o selvagem.
Lulu, continuo aguardando sua volta para saborearmos aquelas belas iguarias!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
Voltar à origem