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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Hábitos alimentares

De tempos em tempos, o Equilibrista mudava radicalmente seus hábitos alimentares ou apenas modificava alguns detalhes (mas sem jamais abolir a ingestão de proteínas provenientes de seres animados que um dia se locomoveram por conta própria).

Houve uma época em que sua dieta incluiu muitas iguarias nipônicas esteticamente preparadas e dispostas, o que enriqueceu bastante os proprietários dos provedores das iguarias e, também, o próprio bardo, que pôde conhecer pessoas fascinantes como a Diva e o Antimacrobioto. Muitos membros da END também eram adeptos dessa tendência. Quando aboliu esse hábito, o Equilibrista surpreendeu várias pessoas, principalmente a chefe de operações do estabelecimento mais freqüentado pelo instável aventureiro (o que causou a perda de privilégios que tinha na época em que era assíduo).

Passou por uma fase de ingestão de alimentos liofilizados acrescidos de vitaminas e fibras que deveriam ser preparados com fluido lácteo leve em um rearranjador mecânico de partículas. Foi nesse período, em que duas refeições eram substituídas pelo líquido espumante resultante, que o Equilibrista recuperou, parcialmente, seu porte físico menos volumoso.

A ingestão regular de frutas nunca foi um hábito do bardo, que, em sua indolência permanente, não se prestava a descascar ou fragmentar esses produtos angiospérmicos. Sendo assim, o consumo de maçãs, uvas (sem semente) e bananas era o mais favorecido.

Surtos rubro-carnívoros se manifestavam intermitentemente, nos quais os caninos do bardo chegavam a ficar mais afiados, machucando, eventualmente, sua mucosa bucal - e o gosto do sangue atiçava ainda mais o ímpeto de se fartar com tecidos musculares tenros e suculentos.

Alimentos que jamais saíam de sua dieta eram os que podiam ser considerados como sobremesas, afinal, nenhuma refeição podia ser considerada completa sem elas. Ah! o que seria do Equilibrista se não fossem aqueles deliciosos e tentadores repositores de glicose? O uso de edulcorantes e afins no preparo desses pratos era repudiado pelo bardo, defensor da natureza que era (quanto ao consumo de nutrientes de origem animal, nada mais natural, afinal todos faziam parte da cadeia alimentar, e o Equilibrista estava no topo). Certa vez provou um cheesecake com menos gordura e caloria. Foi uma experiência traumatizante. Aquela massa insípida foi descartada após a primeira e única mordida.

Berinjela, cenoura, tomate (seco ou molhado), alface, nabo (em conserva, cozido ou cru) e rúcula eram verdadeiras paixões do bardo, que os devorava (ou degustava, dependendo da ocasião e apresentação do prato) sempre que encontravam-se à sua frente, já prontos para o consumo. Era sempre a preguiça que impedia ingestão de maior quantidade dessas dádivas da terra. No entanto, havia receitas simples e saborosas que venciam a inércia equilibrística, como o delicioso prato para dias quentes e preguiçosos ensinado pela Diva.

Frituras e cebola também eram bastante apreciadas. A epítome da adoração do bardo nessa categoria era uma cebola à milanesa servida numa rede de provedores de iguarias ao estilo australiano (que também fornecia o melhor cheesecake, na opinião do Equilibrista). Era uma obra de arte: uma cebola enorme, em forma de flor, com uma crosta crocante e molho picante.

Essas frituras eram a tendência dominante naquele dia dedicado a Thor, no qual o Equilibrista sentia um impulso quase incontrolável de consumir uma porção de provolone à milanesa, sentado à mesa de uma taverna, com amigos e várias
Weiß.

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1 Conversa(s) na taverna:

Blogger l declamou:

meu amigo,
por que os verbos estão todos no passado? vc não come mais?
ai... a culpa são daqueles pozinhos com leite que vc consumiu por tantos meses!!

1/2/07 17:45  

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