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terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Distância asséptica

O Equilibrista estava aguardando, em um alinhamento de seres com objetivo em comum, para entrar no salão de reposição nutricional de sua guilda tradicional, quando reparou que o indivíduo imediatamente à sua frente era adepto de uma tendência de que estava em voga na época: a de deixar longas madeixas queratinosas com aparência de rolos de fumo embolorado. Para evitar qualquer tipo de contaminação, o asseado bardo manteve uma certa distância daqueles meios de cultura bacterianos.

Logo na entrada do salão, havia uma cuba para higienização das mãos que, surpreendentemente foi utilizada por aquele ser de aparência não muito asséptica. O Equilibrista assistiu atentamente ao ritual de limpeza (afinal, o processo estava retardando seu avanço): o indivíduo começou satisfatoriamente, friccionando as mãos sob o solvente universal corrente com um pouco de tensoativo líquido, enxaguando-as e enxugando-as. Porém, ao finalizar o processo, tudo foi por água abaixo: talvez fosse um arco reflexo, ou algum tipo de condicionamento, mas complementou a secagem das mãos na parte traseira de suas vestimentas, bem no local em que os grandes glúteos se apóiam quando se senta. O Equilibrista achou prudente continuar mantendo distância.

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