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quarta-feira, 4 de julho de 2007

A euforia que precede a frustração

Naquele dia, o Equilibrista almoçou rapidamente. Tão rápido que voltaria cedo demais para sua guilda. Então decidiu resolver um problema que o atormentava de tempos em tempos: o circuito identificador de sua meia-chave templária nem sempre era lido pelos terminais de acesso, fazendo a troca de todo o conjunto necessária. Como havia um posto avançado templário nas proximidades, o tranqüilo bardo solicitou a troca.

A supervisora templária que o atendeu, sugeriu uma troca maior ainda: transferir a base das movimentações monetárias da cidade natal do Equilibrista para onde residia atualmente. Este ato faria a troca da meia-chave obrigatória e o tempo para a chegada da nova seria o mesmo, além de todas as vantagens que essa mudança poderia trazer (yada, yada, yada...). Apoveitando que uma potencial vítima, ou melhor cliente, mostrava-se interessado no que ela tinha para oferecer, a supervisora ainda notificou que havia um acumulador de dívidas de uma outra bandeira disponível, com limite de transações maior do que o atual, com anuidade com desconto e yada, yada, yada...

O Equilibrista, que já havia aprovado a troca da base de movimentações, aceitou o novo acumulador (já tinha planos para uma futura aquisição dessa nova ferramenta), mais pelo limite maior (falência à vista...) do que pela publicação mensal gratuita (por 6 meses) que receberia. E já que estavam falando de limite, o empolgado bardo aproveitou para pedir um aumento para seu acumulador atual. Acertou todos os detalhes que faltavam, autorizou as duas propostas eletronicamente (ah, as maravilhas da tecnologia... não era à toa que a caligrafia do bardo estava piorando tanto) e saiu todo feliz do posto avançado.

Nisso, todo o tempo livre se esgotou e a pausa prandial do Equilibrista avançou para o período laboral (felizmente seus superiores hierárquicos não se atêm a esses detalhes). Naquele dia, o bardo trabalhou com mais afinco, pois em poucas rotações de sua orbe em seu próprio eixo, receberia mais retângulos poliméricos que tanto corroem suas economias.
continua
(Saudade? Esses instantes de euforia não deixavam muito espaço para tais sentimentos)

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