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terça-feira, 3 de julho de 2007

Desventura reprisada

O outro reencontro do fim de semana do Equilibrista foi com a END. Esse já havia sido marcado com alguma antecedência, meio a contragosto do bardo, que queria antecipar o encontro.

No dia marcado, o aventureiro passou várias horas em isolamento total, enquanto assistia a uma série interia de animações nipônicas. Essa série, realmente foi digna da anteção do Equilibrista, que teria se atrasado ao compromisso, caso tivesse mais episódios (o nome da série é Death Note).

Como na ocasião da convocação para a reunião havia uma certa indefinição quanto ao local (apenas a data havia sido fixada), o Equilibrista sugeriu uma taberna relativamente próxima à sua morada, pois era um ponto de encontro histório para o grupo: foi onde ocorreu o primeiro encontro físico de seus membros fundadores (dos quais, a Rainha Mestiça é a única remanescente).

O pontual Equilibrista resolveu que não queria chegar no horário determinado, uma vez que essa qualidade era cada vez mais rara e o bardo não queria ficar numa taberna sozinho, guardando vagas em uma mesa num lugar que, provavelmente, ficaria lotado. Então chegou pontualmente quinze minutos atrasado e, para sua surpresa, a Rainha Mestiça já estava no local. Felizmente, ela não estava sozinha (é muito enfadonho não ter ninguém para conversar enquanto se espera em uma taberna): a Invulnerável estava com ela. As duas indagaram ao bardo (depois de se cumprimentarem) se ele não estava sentindo um odor de carne em putrefação. No primeiro instante, seu olfato aguçado apenas detectava a fragrância de cevada fermentada, mas uma lufada de vento trouxe um cheiro desagradável, mas que foi esquecido no decorrer do encontro.

O Equilibrista notou que a Rainha Mestiça estava com um ar de profunda insatisfação e logo perguntou se ela estava naquele período de fúria assassina que as portadoras de duplo X férteis passam uma vez por mês. Então ela narrou sua triste desventura daquela tarde: havia sido vítima de um gatuno. Mudaram de assunto. Beberam. E mais dois membros chegaram: o Cartomante e Daeva (agora na versão morenos: Daeva cansou-se das madeixas douradas e deixou-as como breu e o Cartomante fez uso do restante da poção escurecedora).

A desventura da Rainha Mestiça foi narrada novamente. Mudaram de assunto. Beberam. Comeram. E um membro honorário chegou: a Espanhola (ainda loira). O Cartomante falou sobre sua viagem para a Terra do Sol Nascente e todos os percalços e desafios pelos quais passou. O grupo sentiu a falta de alguns membros: o Rabino Hippie (e sua companheira, Primavera) e o Leão Montanhês. Então a Rainha Mestiça tentou estabelecer uma interface auditiva com o primeiro e o Equilibrista, com o segundo. Apenas o bardo teve sucesso, mas no final, o Rabino Hippie compareceu e o Leão Montanhês, não.

Com a chegada do Rabino Hippie, de Primavera e de sua irmã, a sessão de viradas de tequilas começou. Então a Rainha Mestiça narrou sua desventura novamente. Mudaram de assunto. O Rabino Hippie pediu para o Cartomante contar sobre sua viagem à Terra do Sol Nascente (mas este cronista, que já não estava mais prestando muita atenção a todos os detalhes, não se lembra se o pedido foi atendido ou não). Beberam. A Invulnerável se retirou. Beberam. Beberam. Comeram. E a Rainha Mestiça já estava bem mais alegre e sorridente.

Interlúdio: num certo momento, o quando Equilibrista foi eliminar resíduos líquidos, este viu seu reflexo e constatou, em voz alta, que sua pele havia adquirido uma tonalidade avermelhada (o que era raro de acontecer). Então, um desconhecido que assemelhava-se ao fruto mais confundido com um legume, ensinou uma fórmula para evitar o rubor facial: um copo de azeite e um pouco de sal! Primeiro pensamento do Equilibrista: seguir essa receita significaria passar o dia seguinte sentado na poltrona de porcelana, pois além do desarranjo característico da cevada fermentada, ainda haveria o azeite para terminar de liberar o aparelho digestivo. Segundo pensamento do Equilibrista: por que, então, o sábio beberrão estaria tão vermelho? O bardo agradeceu, lavou as mãos e voltou para seus amigos. Fim do interlúdio.

No fim da noite, a Rainha Mestiça era a simpatia encarnada, toda sorrisos, tendo, aparentemente, se esquecido do revoltante acontecimento do dia anterior. Obviamente, era o efeito de companhias tão agradáveis, com um leve estímulo etílico. O Cartomante e Daeva conduziram-na à sua morada e voltaram logo em seguida. Então, os seis sobreviventes encerraram a noite de um modo que estava se tornando uma tradição: no estabelecimento especializado em pão prensado recheado com embutido vermelho (na outra ocasião, também era um sexteto - coincidência?).

Recontagem: foram sete os sobreviventes (Equilibrista, Daeva, Cartomante, Espanhola, Rabino Hippie, Primavera e a irmã da Primavera)



PS.: Mesmo assim, com tantos reencontros, a saudade continuava...

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