Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
E beba como se fosse o último dia de sua vida

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Sozinho e ocioso

continuação de Raro entre raridades

O dia do reencontro dos velhos amigos não tardara a chegar (afinal, havia sido combinado na noite anterior) e, logo pela manhã, o Equilibrista encontrava-se sozinho na torre de seus progenitores. Ambos haviam saído para auxiliar na confecção de esferas comestíveis de arroz sovado, que seriam ingeridas na comemoração do início do ano do javali, pois, segundo ensinamentos do império do sol nascente, tal prática atraía boa ventura. Passou a maior parte do dia sozinho, mas fizera uma visita às irmãs de seu progenitor, convenientemente no horário do repasto do zênite solar. Os homens de seu clã eram bastante afortunados, pois as mulheres eram exímias alquimistas culinárias.

Nutrido e satisfeito, o aventureiro aguarvada pelo contato de um d'Os Gêmeos. Como estava no mais puro ócio, resolveu ocupar seu tempo tomando a iniciativa, tentando estabelecer uma interface auditiva. Sucesso! O mais velho dos irmãos, o Boina de Açafrão, atendeu e confirmou sua presença, mas não garantiu a de seu irmão, Arremessador, pois este encontrava-se arredio, lembrando muito as fases misantrópicas do Equilibrista.

Cronos favorecia o bardo naquele dia, pois a noite chegou com presteza, anunciando a iminência do encontro, que se daria dois ciclos do relógio após o crepúsculo.

continua

Marcadores: ,

0 Conversa(s) na taverna:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

Voltar à origem