Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
E beba como se fosse o último dia de sua vida

terça-feira, 17 de abril de 2007

Irás voltarás não morrerás

Certo dia, o Equilibrista recebeu uma epístola ditada com os seguintes dizeres:

"Conforme o procedimento ordem será enviada para Campos, fazer alteração do serviço speedy. No dia 14/04/07 no período comercial é necessário ter alguém no local..."

Diga-se de passagem, o confuso bardo apenas recebeu a mensagem dois dias depois da data mencionada e, por sorte, também nela, estava em seu reduto; porém ninguém relacionado à epístola apareceu.

Na primeira vez que tentou interpretar as sentenças grafadas naquela lâmina celulósica, entregue pelo guardião do portal de sua torre após um dia de muita labuta e com seus neurônios pedindo trégua, obviamente o Equilibrista não entendeu muita coisa. Será que algum pedido seu seria enviado para Campos? Campos de Jordão ou dos Goytacazes? Que alteração? Não havia solicitado nada recentemente.

Desistiu e foi submeter-se a uma sessão de precipitação artificial. Limpo e relaxado, pegou a mensagem novamente, e tentou colocar as vírgulas em seus devidos lugares:

"Conforme o procedimento, ordem será enviada para Campos fazer alteração do serviço speedy. No dia 14/04/07, no período comercial, é necessário ter alguém no local..."

Agora algum sentido parecia existir: aparentemente, o tal Campos deveria ter visitado o reduto do Equilibrista para fazer uma alteração (não solicitada), e mais uma correção na mensagem deveria ser feita: trocar "é necessário" por "seria necessário", considerando a morosidade na entrega da dita.

domingo, 15 de abril de 2007

Um novo começo

Na véspera do início do segundo decanato do mês autunal, o Equilibrista iniciou seu desligamento de sua guilda tradicional para ingressar em uma nova. A despedida foi mais fácil do que imaginou, mas seus laços ainda não foram totalmente rompidos, uma vez que o então assoberbadíssimo bardo prontificou-se a terminar suas tarefas em relação ao Evento Anual de sua guilda tradicional. Seu antigo superior hierárquico tem estabelecido interfaces auditivas regularmente - fora do expediente, claro.

Nos primeiros dias da nova empreitada, o volume de novos conhecimentos adquiridos pelo Equilibrista deixaram-no atordoado, rendendo-lhe cefalgias vespertinas e, por vezes, matinais. Mas, aparentemente, sua massa encefálica já estava se adaptando às novas condições.

Uma das vantagens dessa nova guilda é a proximidade com seu reduto, o que poupa o impaciente aventureiro das viagens enfadonhas e demoradas dentro de uma arca terrestre. Outra vantagem é uma ladeira íngreme que separa os dois locais, o que obriga o sedentário bardo a se exercitar com uma escalaminhada duas vezes ao dia - uma matinal e outra pós-prandial.

O Equilibrista estava bastante satisfeito com sua nova ocupação, o que se refletiu nas atividades remanescentes de sua antiga guilda: uma maior clareza e mais disposição na realização das tarefas, dissipando uma persistente nuvem de preguiça e estagnação.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

O fim de uma era

A fase da Velha República passou. Agora o Equilibrista está tão cheio de obrigações que nem pode se dar ao luxo de gastar algumas horas brandindo um sabre de luz virtualmente, mas isso teve um efeito benigno (ou não): mais tempo para se dedicar às suas crônicas.

Aos poucos, estas páginas binárias passarão a ser preenchidas mais freqüentemente do que foram no ciclo lunar anterior... pelo menos, até uma nova fase de "quebra de rotina".