Certo dia, o Equilibrista fez uma descoberta que o deixou atordoado: seu amigo Urso Maior declarou apreciar algumas simulações geradas por uma estação de diversão de segunda geração! Como podia alguém que sempre criticou o bardo pelo fascínio que este tinha pelas maravilhas da tecnocracia, deixar-se levar ao mundo paralelo gerado pela estação?
Em várias ocasiões, o aventureiro cogitou adquirir uma estação para sua diversão, mas seu senso de responsabilidade e consideração pelos amigos sempre impediam-no de levar esse desejo adiante (um equipamento desses no reduto do Equilibrista significaria sua abdicação total e definitiva do plano material).
Esse tipo de artefato causava dependência psicológica crônica ao suscetível bardo, que, em sua pior crise, chegou a permanecer no plano virtual por mais de duas rotações, sendo trazido de volta ao plano material por um ultimato de sua progenitora, que ameaçou interromper o fornecimento de energia ao console (o que arruinaria todo o esforço que o Equilibrista dedicara à simulação até então).
Mesmo o avanço da idade cronológica e aquisição de experiência não pareciam amortizar o domínio que os diversos tipos de simulações exerciam sobre o bardo, principalmente as de técnicas de luta, as de estratégia e os enigmas. Numa noite do dia dedicado a Freya, o Equilibrista dispensou vários ciclos do relógio com um desafio de alinhar três ou mais cristais de mesma cor a fim de desintegrá-los, ao invés de estar em uma taverna, de assistir a uma aventura dramatizada, ou de visitar Hypnos.Marcadores: Aventura solo, Reflexões